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sexta-feira, 30 de maio de 2014

História da Educação no Brasil Império - Período Joanino

 La Liberté guidant le peuple - Eugène Delacroix
Dom João XVI
A Europa viu-se divida entre França e Inglaterra no final do século XVIII, quando trabalhadores franceses cansados da opressão do governo absolutista da monarquia lideravam uma revolta por melhoria de condições de vida no que ficou mundialmente conhecida como a Revolução Francesa.
Dom João VI, Rei de Portugal, mantinha vínculos com as duas  nações em conflito, mas recebera um ultimato para posicionar-se em relação à revolução.
Napoleão Bonaparte
A aliança com a Inglaterra lhe permitia usufruir da segurança da marinha britânica, a melhor da época, porém essa decisão lhe custaria o trono uma vez que tropas de Bonaparte se posicionavam na Espanha, prontas para invadir o território luso. A aliança com a França pouparia Portugal das barbáries francesas, porém resultaria no bloqueio de sua saída para o mar. Dom João decidiu aliar-se à Inglaterra, mas temendo por sua vida, em 1808 deixa Portugal rumo ao Brasil, trazendo consigo a corte portuguesa e dando início ao Período Joanino.
Biblioteca Nacional,
Rio de Janeiro
Junto à corte portuguesa Dom João trouxe todo o arquivo de documentos de Portugal dando início à primeira biblioteca pública do Brasil, a atual Fundação Biblioteca Nacional, na cidade do Rio de Janeiro, pois sua intenção era governar Portugal e Brasil em terras brasileiras.
Dom João percebeu que necessitava formar intelectuais e professores no Brasil para que a imagem de colônia se extinguisse e passasse a ter as características de uma monarquia. Movido por essa razão e assistido por Araújo de Azevedo, o Conde da Barca, promulga a instauração da Missão Francesa, que consistia em trazer os intelectuais franceses para moldar a educação do agora Brasil Império.
Serradores - Debret
Fizeram parte da Missão Francesa, entre outros, Jean-Baptiste Debret, famoso por retratar o cotidiano nas terras brasileiras e Joachim Lebreton, um dos organizadores do Louvre.
A Missão Francesa, embora tenha encontrado muitas dificuldades, resultou em um grande passo na educação brasileira, mesmo que voltada à elite. Ao final dela o Brasil possuía, por exemplo, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, a Academia de Belas Artes, a Academia da Marinha (atual Escola Naval), a Academia Real Militar (atual Academia Militar das Agulhas Negras), inúmeras universidades que ministravam Medicina, Cirurgia, Química, Economia, Agricultura entre outros.
Academia Militar das Agulhas Negras,
Rio de Janeiro
Seus integrantes, com o passar dos anos foram vistos como subversivos e contrários à monarquia. Com o seu enfraquecimento muitos integrantes voltaram à França e os que aqui ficaram tornaram-se professores particulares, atividade comum naquela época.
Apoiados pela Inglaterra os portugueses expulsam os franceses do território luso. Em 1820 eclode a Revolução do Porto, onde cidadãos portugueses exigiam o retorno de Dom João à Portugal e a criação de uma nova constituição.
Dom João temendo perder o trono caso não retornasse, decide, em 1821, deixar o Brasil sob o comando de seu filho Dom Pedro I e retornar à Portugal.
O povo brasileiro, agora letrado, tinha senso crítico e não enxergava mais a solidez da monarquia portuguesa, fato que resulta, um ano mais tarde, na Independência do Brasil.

Bandeira brasileira do Brasil Império. Desenhada por Debret, traz os ramos de café e tabaco, as riquezas da época,  19 estrelas que representavam as províncias brasileiras (inclusive a Cisplatina, atual Paraguai), a cruz da Ordem de Cristo, elucidando a religião oficial do império, a coroa, elucidando o império e o globo armilar, que representa o cosmos. 













segunda-feira, 19 de maio de 2014

O Hino Nacional Brasileiro

O Hino Nacional Brasileiro constitui junto à Bandeira Nacional, o Selo Nacional e o Brasão Das Armas os Símbolos Nacionais do Brasil.
Seu uso, regulamentado em leis, dá-se, por exemplo, em continência à Bandeira Nacional, ao Presidente da República, em abertura de sessões cívicas cerimônias religiosas de caráter patriótico e ainda em eventos esportivos internacionais.
A letra do Hino Nacional foi escrita em 1831 por Osório Duque Estrada e o arranjo musical por Francisco Manuel da Silva e inicialmente era uma canção de caráter patriótico, que enaltecia a abdicação de Dom Pedro I. A canção tornou-se tão popular entre os brasileiros que foi denominada como o hino do Brasil.
Anos mais tarde, após a proclamação da República, um concurso foi estabelecido pelo então presidente Marechal Deodoro da Fonseca para a composição do hino oficial do Brasil. Dentre os candidatos participou Leopoldo Miguez, que venceu o concurso.
O povo brasileiro não aceitou a canção de Miguez como hino nacional e defendiam a canção composta por Duque Estrada e Manuel da Silva como tal.
Marechal Deodoro decidiu não contrariar o povo e 1890 oficializou a conhecida canção como Hino Nacional e a canção de Miguez como Hino à Proclamação da República.
O Hino Nacional Brasileiro é um poema decassílabo, de 50 versos e dividido em duas partes simétricas, tanto em métrica quanto em ritmo. Sua construção alude à escola literária parnasiana, quando enaltece a forma estética da escrita e à romântica, por seu ufanismo quase religioso.
É comemorado no dia 13 de abril o Dia do Hino Nacional devido à sua autoria datar-se nesse dia.
Nosso Hino Nacional nem sempre teve esse nome. Já chamou-se Hino 7 de Abril (data da abdicação do imperador D. Pedro I, caracterizando o fim do Primeiro Reinado do Brasil) e Marcha Triunfal.

Desde o dia 21/09/2009, a execução semanal do Hino Nacional nas escolas de ensino fundamental, sejam públicas ou privadas, é obrigatória, como prevista na lei  12.031,de 21 de setembro de 2009.