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quinta-feira, 4 de junho de 2015

O "não é nossa função educar", da escola, aliado ao "Preciso trabalhar e não tenho tempo para educar" da família na formação do delinquente

Transmissão de valores: elucidar a existência
de alternativa à pré-destinação

À esquerda, a omissão do Estado, representado pela Escola. À direita, a omissão da família. Atrás, a rotulação da sociedade. O que sobra ao jovem da imagem?

Enquanto Lombroso diz que o delinquente já nasce delinquente, Durkheim afirma que o criminoso é formado pela sociedade a partir dos costumes e cultura em que o sujeito está inserido.
Adepto da teoria de Durkheim, digo que o sujeito da foto vai seguir o caminho que melhor aliciá-lo, ou seja, que melhor encantá-lo.
Como Educador, muito brigo com meus colegas profissionais que se utilizam do mantra "não é minha obrigação educar" para se eximirem - de forma criminosa, uma vez que a educação da criança e do adolescente, segundo o caput do art. 4º do ECA diz que a educação não pertence só à família, mas também à sociedade e ao Poder Público - da transmissão de valores, bons costumes, moral e ética.
Sou Militar da reserva do nosso Exército Brasileiro. Moral e ética são os rajados de minha farda e hoje, como Educador, além do conhecimento, faço da Educação Moral e Cívica matéria obrigatória na formação de meus alunos.
Não quero cometer crime de prevaricação, uma vez que é minha função participar de forma eficiente da formação moral do meu aluno e vitimá-lo mais uma vez omitindo-lhe a possibilidade da moral e da boa conduta. Se o fizer, não posso dizer que a culpa é do sistema se um ex aluno meu assaltar-me amanhã, pois eu fui parte do sistema ineficaz na vida dele. 
Obviamente, a escolha do caminho é dele, mas cabe a todos nós mostrar a ele que existem alternativas à sua pré-destinação.
Lembremo-nos de que, segundo o ECA:

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

2 comentários:

  1. Muito bom, Nando. Todos que acham que reduzir a maioridade penal e a pena de morte já basta porque jogando o jovem delinquente na cadeia ou matando ele vai tirar o problema da minha visão, então tá resolvido, deveria ler. É obrigação de TODOS tentar mudar essa situação, tentar ser educador. Nem que seja dentro de casa.

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    1. Bom dia, Flá!
      Já fui a favor da redução da maioridade penal, mas hoje, sabendo da deficiência dos nossos sistemas educacionais e carcerários, não sou mais. De que adiantará reduzir a maioridade se não tivermos políticas públicas de combate primário da criminalização como saúde, educação e trabalho?
      Há muito trabalho pela frente ainda, mas ainda sou otimista.
      Obrigado pelo comentário, ruiva!

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